sábado, 20 de novembro de 2010

Comunicação a apresentar num Seminário

Comunicação a apresentar no Seminário:

“Um retrato sobre as minhas práticas de ensino: avanços, problemas e desafios para proporcionar a todos os alunos uma aprendizagem de qualidade que contribua para a sua realização pessoal e profissional”.

Profissão: Professor de Música!

Maria Emília de Sousa Ribeiro Alves – malves5@hotmail.com
Mestranda na Universidade Católica Portuguesa – Porto

Resumo: Que práticas de ensino tento promover nas minhas aulas? Qual a importância atribuída à diferenciação pedagógica? De que forma podem os alunos ser motivados? Será fundamental que os alunos desenvolvam a sua autonomia?

Palavras-chave: diferenciação pedagógica; motivação; autonomia.

No desempenho da minha prática lectiva, considero fundamental que tanto eu como os meus alunos se sintam realizados quer a nível pessoal quer a nível profissional, uma vez que se não existir esse sentimento de preenchimento pessoal não será possível a evolução tanto minha como a dos alunos. Tento cultivar neles uma forte motivação para o estudo da disciplina, definir claramente quais as metas a atingir e em que espaços temporais e desenvolver a sua autocrítica, fundamental para a autonomia e desenvolvimento. Sempre que possível, procuro criar situações de aprendizagem em que os alunos possam colocar em prática os conhecimentos já adquiridos. Esta situação implica a existência de flexibilidade, tanto minha como dos alunos, para permitir uma adaptação constante à evolução e desenvolvimento do objectivo pretendido. O reforço motivacional inicia-se sempre pelo salientar dos aspectos positivos que o aluno conseguiu apresentar em cada uma das aulas. Um dos aspectos que considero essencial neste tipo de ensino, é a diferenciação pedagógica que deverá ser aplicada a cada um dos alunos de acordo com o nível em que cada um deles se encontra, as suas capacidades de trabalho, aptidões que demonstram, etc.
De acordo com as minhas convicções, há várias noções presentes nas Teorias Cognitivas e Humanistas com as quais me identifico e que tento colocar em prática:

Teorias Cognitivas
• o sujeito aprendente desempenha um papel activo na aquisição do conhecimento;
• a aprendizagem é a construção do conhecimento feita em contexto e é resultante da interacção do sujeito aprendiz com o meio;
• tanto o sujeito como o meio são activos;
• o ensino baseia-se num diálogo permanente entre o aluno e o professor através de uma interacção mútua em que o controlo é partilhado por ambos;
• importância da negociação, da visão partilhada, do diálogo, da criação da cultura como objecto de ensino profissional, pessoal e cultural, que prepare o aluno para ingressar e ser membro activo de uma sociedade adulta.

Teorias Humanistas
• a aprendizagem consiste na auto-realização e no crescimento pessoal do aprendiz no seu todo;
• o ensino é centrado no aluno e o professor é o facilitador desse processo;
• os ambientes de aprendizagem ricos favorecem a aprendizagem;
• tanto o professor como o aluno são activos no processo de ensino/aprendizagem;
• concepção Dinâmica da Aprendizagem – “enquanto se ensina também se aprende”;
• o professor e o aluno desenvolvem-se no processo de ensino-aprendizagem.


Conclusão: Na minha prática docente, tento promover um ensino baseado no diálogo e no feedback constantes que permita a autonomia gradual e sólida de cada um dos alunos.

Referências bibliográficas
Orvalho, L. (2010). Teorias de aprendizagem e estratégias de ensino. Porto: FEP/UCP (pdf)