quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Comunicação a apresentar num Seminário - apresentação colectiva
Comunicação a apresentar no Seminário:
“Um retrato sobre as minhas práticas de ensino: avanços, problemas e desafios para proporcionar a todos os alunos uma aprendizagem de qualidade que contribua para a sua realização pessoal e profissional”.
DE ALUNO A PROFESSOR
Comunicação colectiva de Daniel Dias, Emília Alves, José Ricardo Reis, Paulo Areis, Ricardo Matosinhos e Rui Fontes, mestrandos da Universidade Católica Portuguesa.
Palavras-chave : autonomia, formação pessoal, equidade, aprendizagem dinâmica
Já passaram alguns anos desde que pela primeira vez ministrei uma aula. Lembro-me claramente desse momento como um recomeçar a aprender em que tive que refletir sobre tudo o que havia aprendido e de que forma tinha aprendido.
De facto, fui apenas ensinado a reproduzir, da forma mais fiel, indicações numa partitura. Houve professores que me ajudaram na árdua tarefa mas transpor esses ensinamentos para a prática do ensino não é uma tarefa fácil.
Sem ter muitos anos de experiência de ensino, consigo hoje identificar mais rapidamente as dificuldades dos alunos e encontrar estratégias diferenciadas para que estes consigam obter o melhor resultado possível.
Se por vezes consigo identificar deficiências de aprendizagem, antecipar possíveis dificuldades e corrigir os aspectos necessários, nem sempre isso acontece. Durante a viagem diária até casa, transporto comigo as dificuldades dos alunos e tenho a certeza hoje que será algo que me acompanhará toda a vida.
A solução para uma grande maioria destas dificuldades passará por tornar os meus alunos independentes e, assim, tornando-me dispensável terei a certeza que os alunos poderão enfrentar a vida profissional sem dúvidas e receios.
A sua independência poderá ser igualmente uma solução para a sua formação pessoal, uma vez que alunos independentes transformar-se-ão em adultos independentes que não necessitam constantemente da aprovação de terceiros.
O aluno deve ter um espírito crítico fundamentado, solidificando desta forma as suas aprendizagens e promovendo a sua aplicação em situações futuras.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Oficina de Inovação e Desenvolvimento Profissional
“Estratégias e ferramentas para construir uma organização aprendente, baseadas nas cinco disciplinas de Peter Senge”.
Maria Emília de Sousa Ribeiro Alves – malves5@hotmail.com
Mestranda na Universidade Católica Portuguesa – Porto
Resumo: O que caracteriza uma organização aprendente? Qual o perfil dos seus colaboradores? Qual o papel da “tensão criativa”?
Palavras-chave: Competências; Reflexão; Aprender.
O conceito de organização aprendente foi clarificado e colocado em prática por Peter Senge e preconiza que as grandes equipas são organizações que aprendem a desenvolver novas habilidades e capacidades, levando a novas percepções e sensibilidades que, por sua vez, revolucionam crenças e opiniões. As organizações que aprendem são formadas por pessoas que desenvolvem, continuamente, a sua capacidade de criar os resultados que desejam, são entidades onde se estimulam padrões de comportamento novos e abrangentes, a aspiração colectiva ganha liberdade e as pessoas exercitam-se, continuamente, em aprender juntas → “tensão criativa”. Essas organizações só podem surgir quando percebermos que o mundo não é feito de forças separadas e que, no mundo de hoje, a capacidade de aprender contínua e rapidamente é a única vantagem competitiva sustentável.
Uma empresa aprendente será aquela que descobrir como fazer com que as pessoas se comprometam e queiram aprender, desde o funcionário da portaria até aos cargos mais elevados. Para conseguir isso, as organizações deverão ser mais coerentes com as aspirações humanas que vão além das necessidades materiais. Com esse intuito, torna-se necessário que se derrubem as barreiras que nos impedem de aprender.
Senge considera a existência de 5 disciplinas básicas que as organizações aprendentes devem dominar:
• Domínio pessoal – cada indivíduo deverá compreender o que lhe é realmente importante e viver ao serviço das suas aspirações;
• Modelos mentais – as percepções que temos de nós próprios e do mundo afectam o conhecimento que cada um de nós constrói;
• Visão compartilhada – a organização deve ter uma missão genuína para que as pessoas dêem o melhor de si e adoptem uma visão compartilhada, na qual prevaleça o compromisso e o comprometimento em lugar da aceitação;
• Aprendizagem em equipa – diálogo em vez de aceitação;
• Pensamento sistémico – “quinta disciplina”. Integra todas as outras → “pensamento global”, e funde-as num corpo coerente de teoria e prática.
Conclusão: O que distingue uma organização aprendente é capacidade dos seus líderes em estimular padrões de comportamento novos e abrangentes o que permite que os seus colaboradores desenvolvam a sua capacidade de inovar e criar. O objectivo de todos os elementos dessa organização é o querer aprender a evoluir.
Referências bibliográficas
Rich, G., A. e Alto, R., M. (2011). As organizações que aprendem, Segundo Peter Senge: a quinta disciplina. in Cadernos Discentes Coppead, Rio de Janeiro, nº 9, pp. 36-55.
Senge, P. M. (1990). A quinta disciplina – Arte e prática da organização que aprende. 24.ª ed. Rio de Janeiro: Best Seller.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
As cinco disciplinas de Peter Senge
Mestrado em Ciências da Educação – UCP – Porto 2010-2011 – Prof. Luísa Orvalho
Rich, G., A. e Alto, R., M. (2011). As organizações que aprendem, Segundo Peter Senge: a quinta disciplina. in Cadernos Discentes Coppead, Rio de Janeiro, nº 9, pp. 36-55.
Senge, P. M. (1990). A quinta disciplina – Arte e prática da organização que aprende. 24.ª ed. Rio de Janeiro: Best Seller.
Actividade 3: “Estratégias e Ferramentas para construir uma organização aprendente, baseadas nas cinco disciplinas de Peter Senge”
Palavras-chave: Competências; Reflexão; Aprender
Cada vez mais é possível constatar que a administração estratégica extrapola a mera visão do planeamento, do posicionamento ou do design, e incorpora elementos claramente relacionados com o processo de aprendizagem estratégica. A verdadeira aprendizagem “está intimamente relacionada com o que significa ser humano” (Senge, 1990).
O conceito de organização aprendente foi clarificado e colocado em prática por Peter Senge e preconiza que as grandes equipas são organizações que aprendem a desenvolver novas habilidades e capacidades e que levam a novas percepções e sensibilidades que, por sua vez, revolucionam crenças e opiniões. As organizações que aprendem são formadas por pessoas que desenvolvem, continuamente, a sua capacidade de criar os resultados que desejam, são entidades onde se estimulam padrões de comportamento novos e abrangentes, a aspiração colectiva ganha liberdade e as pessoas exercitam-se, continuamente, em aprender juntas → “tensão criativa”. Essas organizações só podem ser construídas quando percebermos que o mundo não é feito de forças separadas e que, no mundo de hoje, a capacidade de aprender contínua e rapidamente é a única vantagem competitiva sustentável.
Uma empresa aprendente será aquela que descobrir como fazer com que as pessoas se comprometam e queiram aprender, desde o porteiro até aos altos quadros. Para conseguir isso, as organizações devem ser mais coerentes com as aspirações humanas que vão além das necessidades materiais. Com esse intuito, é necessário que se derrubem as barreiras que nos impedem de aprender.
Peter Senge considera que existem 5 disciplinas básicas que as organizações aprendentes devem dominar:
• Domínio pessoal – cada indivíduo deverá compreender o que lhe é realmente importante e viver ao serviço das suas aspirações (poderá ser utilizado pelos gestores para canalizarem os recursos humanos para as suas “áreas de interesse”);
• Modelos mentais – podem entrar em conflito com modificações administrativas que se pretendem colocar em prática (as percepções que temos de nós próprios e do mundo afectam o conhecimento que cada um de nós constrói; a formação pode ajudar a modificar comportamentos esteriotipados);
• Visão compartilhada – a organização deve ter uma missão genuína para que as pessoas dêem o melhor de si e adoptem uma visão compartilhada, na qual prevaleça o compromisso e o comprometimento em lugar da aceitação (existe um objectivo final comum e apesar de existir a partilha de tarefas todos conhecem o que os outros fazem);
• Aprendizagem em equipa – diálogo em vez de aceitação;
• Pensamento sistémico – “quinta disciplina”. Integra todas as outras → “pensamento global”, e funde-as num corpo coerente de teoria e prática. Ajuda-nos a ver como um todo e não como partes isoladas. Ajuda-nos a compreender que os problemas em vez de serem causados por algo ou alguém externo podem ser efeito das nossas próprias acções. O raciocínio sistémico reforça cada uma das outras disciplinas, “mostrando que o todo pode ser maior que a soma das partes” (Senge, 1990).
Senge assinala várias deficiências de aprendizagem relacionadas com o modo como fomos ensinados a pensar e a interagir e que criam deficiências cruciais de aprendizagem:
• “eu sou o meu cargo” – as pessoas que se concentram demais nos cargos que ocupam perdem a noção de relação com os demais cargos;
• “o inimigo está lá fora” – temos a tendência de pensar que o inimigo está lá fora, pois não vemos que as nossas acções vão além do cargo que ocupamos uma vez que não temos uma visão sistémica delas;
• a ilusão de assumir o controle – continua a existir o hábito de procurar o inimigo no exterior e não perceber qual a nossa contribuição para os nossos próprios problemas;
• a fixação em eventos – as nossas principais ameaças não vêm de eventos súbitos mas de mudanças graduais e contínuas;
• a parábola do sapo escaldado – devemos reduzir o nosso ritmo e prestar atenção aos pequenos acontecimentos;
• a ilusão de aprender com a experiência – aprendemos melhor com a experiência mas nunca experimentamos directamente as consequências das nossas acções mais importantes;
• o mito da equipa gestora – tradição que leva as pessoas a não admitirem que não sabem uma resposta.
Existem várias leis da “quinta disciplina” que podem ser sistematizadas:
• os problemas de hoje vêm da solução de ontem – as soluções que transferem o problema de uma parte do sistema para outra não são detectadas. Os que “resolveram” o problema são os que o herdam novamente;
• quanto mais você empurra, mais o sistema empurra de volta – feedback de compensação (as intervenções bem intencionadas provocam respostas no sistema que eliminam os benefícios da intervenção);
• o comportamento melhora antes de piorar – desfasamento de tempo entre o benefício e o prejuízo a longo prazo;
• a saída mais fácil, normalmente, traz-nos de volta para dentro – os problemas acentuam-se se adoptamos um pensamento não sistémico;
• a cura pode ser pior do que a doença – a transferência de responsabilidades para alguém faz com que, posteriormente, estejamos dependentes dessa pessoa e não possamos assumir o controle da situação sozinhos;
• mais rápido significa mais devagar – a perspectiva sistémica visa uma nova forma de pensar, mais desafiadora e promissora;
• causa e efeito não estão próximos no tempo e no espaço – a origem dos nossos problemas está em nós mesmos;
• pequenas mudanças podem gerar grandes resultados – pequenas acções bem focalizadas produzem melhorias significativas, desde que centralizadas no ponto correcto (princípio de alavancagem);
• você pode assobiar e chupar a cana mas não ao mesmo tempo – mesmo que tenhamos que escolher uma alternativa, a verdadeira alavancagem consiste em ver como ambas podem ser melhoradas ao longo do tempo;
• dividir um elefante ao meio não produz dois elefantes pequenos – dificuldade em percebermos as interacções existentes entre as várias áreas de uma organização, dificultando assim a visualização global do problema;
• não existem culpados – a cura para o problema é o meu relacionamento com o inimigo.
O pensamento sistémico
Quanto ao pensamento sistémico, Senge considera que ele é a disciplina que nos permite ver o todo; é uma forma de interligação que permite ver os padrões de mudança e não apenas os eventos isolados. O pensamento sistémico é o antídoto para a sensação de impotência causada pela era da interdependência. Através dele podemos ver as estruturas subjacentes e discernir as mudanças de alta e baixa alavancagem. O pensamento sistémico é a pedra fundamental que determina a forma como as organizações que aprendem pensam o seu universo.
Nem sempre fazer o óbvio produz o resultado imediato e desejado. Na maioria das situações gerenciais, a verdadeira alavancagem está em compreender a complexidade dinâmica e não a de detalhes. O pensamento sistémico simplifica a vida por ajudar a distinguir padrões mais profundos. Não nos podemos limitar a olhar apenas para as estruturas individuais e ignorar as estruturas subjacentes. A fixação de limites é uma forma de feedback de equilíbrio, que constitui o segundo elemento básico do pensamento sistémico. A resistência à mudança é uma tentativa de manter uma meta implícita ao sistema. Enquanto essa meta não for reconhecida, os esforços de mudança fracassarão.
Modelos mentais
Muitas ideias novas deixam de ser colocadas em prática porque podem, de alguma forma, entrar em conflito com imagens internas e profundamente arraigadas a respeito do funcionamento do mundo. Para lidar com os modelos mentais, é necessário praticar a reflexão e a inquirição constantemente. É preciso dispor de perspectivas e abordagens múltiplas para que os nossos paradigmas se mostrem e possamos reconhecê-los, tanto no âmbito pessoal como no da organização. Muitas vezes “os modelos mentais impedem as mudanças que poderiam provir do raciocínio sistémico”, pelo que os gestores deveriam aprender a revê-los (Senge, 1990).
Visão compartilhada
Uma visão compartilhada não é uma ideia que está nas mentes dos indivíduos mas sim uma força inculcada no coração das pessoas. Essa disciplina é vital para a organização que aprende porque proporciona focalização e energia. O núcleo dos princípios orientadores da visão compartilhada inclui os seguintes elementos: a visão propriamente dita (uma imagem do nosso futuro desejado), os valores (como esperamos deslocar-nos até onde queremos ir), o propósito ou a missão (o que a organização está aqui para fazer) e as metas (marcos que esperamos alcançar dentro em breve).
Aprendizagem em equipa
A unidade de aprendizagem moderna é o grupo e não os indivíduos isolados. É claro que não existe aprendizagem em equipa sem domínio pessoal e sem visão compartilhada. Partindo dessas condições, reconhece-se que a inteligência colectiva é maior que a soma das inteligências individuais, abrindo oportunidade para a aprendizagem colectiva. A discussão difere do diálogo por ser uma “forma de conversação que promove a fragmentação” (Senge, 1994), contudo a discussão hábil difere das discussões improdutivas. As barreiras à aprendizagem colectiva só podem ser removidas caso as pessoas passem a utilizar uma linguagem comum.
O todo indivisível
A separação do todo em sistemas é proveniente de uma necessidade didáctica e científica, mas acabou por criar um profundo distúrbio de percepção na civilização moderna. Para apreender a fundo a interconexão entre os fenómenos, devemos remover a separação existente entre os sistemas e os ambientes que os cercam. Só assim, estaremos aptos a captar efectivamente a indivisibilidade do todo representado pelo Universo.
sábado, 20 de novembro de 2010
Comunicação a apresentar num Seminário
Profissão: Professor de Música!
Maria Emília de Sousa Ribeiro Alves – malves5@hotmail.com
Mestranda na Universidade Católica Portuguesa – Porto
Resumo: Que práticas de ensino tento promover nas minhas aulas? Qual a importância atribuída à diferenciação pedagógica? De que forma podem os alunos ser motivados? Será fundamental que os alunos desenvolvam a sua autonomia?
Palavras-chave: diferenciação pedagógica; motivação; autonomia.
No desempenho da minha prática lectiva, considero fundamental que tanto eu como os meus alunos se sintam realizados quer a nível pessoal quer a nível profissional, uma vez que se não existir esse sentimento de preenchimento pessoal não será possível a evolução tanto minha como a dos alunos. Tento cultivar neles uma forte motivação para o estudo da disciplina, definir claramente quais as metas a atingir e em que espaços temporais e desenvolver a sua autocrítica, fundamental para a autonomia e desenvolvimento. Sempre que possível, procuro criar situações de aprendizagem em que os alunos possam colocar em prática os conhecimentos já adquiridos. Esta situação implica a existência de flexibilidade, tanto minha como dos alunos, para permitir uma adaptação constante à evolução e desenvolvimento do objectivo pretendido. O reforço motivacional inicia-se sempre pelo salientar dos aspectos positivos que o aluno conseguiu apresentar em cada uma das aulas. Um dos aspectos que considero essencial neste tipo de ensino, é a diferenciação pedagógica que deverá ser aplicada a cada um dos alunos de acordo com o nível em que cada um deles se encontra, as suas capacidades de trabalho, aptidões que demonstram, etc.
De acordo com as minhas convicções, há várias noções presentes nas Teorias Cognitivas e Humanistas com as quais me identifico e que tento colocar em prática:
Teorias Cognitivas
• o sujeito aprendente desempenha um papel activo na aquisição do conhecimento;
• a aprendizagem é a construção do conhecimento feita em contexto e é resultante da interacção do sujeito aprendiz com o meio;
• tanto o sujeito como o meio são activos;
• o ensino baseia-se num diálogo permanente entre o aluno e o professor através de uma interacção mútua em que o controlo é partilhado por ambos;
• importância da negociação, da visão partilhada, do diálogo, da criação da cultura como objecto de ensino profissional, pessoal e cultural, que prepare o aluno para ingressar e ser membro activo de uma sociedade adulta.
Teorias Humanistas
• a aprendizagem consiste na auto-realização e no crescimento pessoal do aprendiz no seu todo;
• o ensino é centrado no aluno e o professor é o facilitador desse processo;
• os ambientes de aprendizagem ricos favorecem a aprendizagem;
• tanto o professor como o aluno são activos no processo de ensino/aprendizagem;
• concepção Dinâmica da Aprendizagem – “enquanto se ensina também se aprende”;
• o professor e o aluno desenvolvem-se no processo de ensino-aprendizagem.
Conclusão: Na minha prática docente, tento promover um ensino baseado no diálogo e no feedback constantes que permita a autonomia gradual e sólida de cada um dos alunos.
Referências bibliográficas
Orvalho, L. (2010). Teorias de aprendizagem e estratégias de ensino. Porto: FEP/UCP (pdf)
terça-feira, 20 de julho de 2010
Projecto de Intervenção

Projecto de Intervenção
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Conclusão
encorajando-os a criarem as suas próprias pontes."
Nikos Kazantzakis
domingo, 18 de julho de 2010
Actividades
Reflexões a partir da sala de aula
Palavras-chave: Planificar; Diferenciação; Estratégia
quinta-feira, 17 de junho de 2010
SmartMusic
No âmbito da Unidade Curricular de Tecnologias de Informação e Comunicação, o meu grupo de trabalho produziu um documento que procurou explicitar as vantagens de utilização da aplicação SmartMusic® no ensino do instrumento. Revelou-se uma ferramenta eficaz na motivação e acompanhamento do trabalho individual que o aluno deverá realizar em casa.
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Mestrado em Ciências da Educação da Universidade Católica Portuguesa
domingo, 30 de maio de 2010
Donde se vem não tem de determinar até onde se vai
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Práticas curriculares

Actividade 6.2: Comentário critico sobre as práticas curriculares mais adequadas para a avaliação das competências dos alunos
Palavras-chave: Currículo; Estrutura Modular; Avaliação Formativa.
O currículo enquanto projecto, personifica as opções de uma escola acerca do fraccionamento e organização da cultura e formação consideradas imprescindíveis para oferecer aos seus alunos por meio de experiências de aprendizagem significativas que possibilitam uma educação de qualidade para todos e que pretende determinar qual o tipo de ser humano considerado desejável para um determinado tipo de sociedade. O currículo não pode ser considerado como uma simples colecção neutral de saberes, uma vez que é uma selecção feita por alguém ou por um grupo de pessoas que possuem o saber dito legítimo, pretendendo modificar as pessoas que o vão seguir.
A abordagem modular do currículo praticada pelas escolas profissionais e que organiza os conteúdos e as actividades do processo de ensino-aprendizagem em partes cognitivamente significativas, permite a oferta de percursos flexíveis que possibilitam ritmos de progressão diferenciados e personalizados.
Tendo como ponto de partida o conceito de módulos como unidades de aprendizagem autónomas integradas num todo coeso, permite-se que um aluno ou um grupo de alunos adquiram um conjunto de conhecimentos, capacidades e atitudes através de experiências ou actividades de aprendizagem cuidadosamente concebidas que respeitam a sua diversidade. Os módulos constituem componentes completas em si mesmas apesar de interligadas, e fazem parte de um todo cuja estrutura interna permite sequências alternativas. Ao adoptar este esquema organizacional, a escola pode integrar alunos com níveis de formação e características muito diferenciadas. A aplicação do currículo em estrutura modular permite que a diversidade das progressões seja determinada pelos ritmos e estilos de aprendizagem dos alunos, No entanto, há uma série de condições pedagógicas, didácticas e organizacionais que deverão ser disponibilizadas, nomeadamente:
· utilização de metodologias diversificadas;
· recurso a materiais didácticos em quantidade e de qualidade;
· possibilidade de realizar uma avaliação contínua e formativa do desempenho de cada aluno;
· metodologias de avaliação diversas;
· adequação dos tempos e dos espaços à natureza das actividades de aprendizagem;
· favorecimento do trabalho em equipa disciplinar e interdisciplinar.
Este tipo de currículo permite, ao contrário de outros, que as práticas de ensino-aprendizagem se ajustem às necessidades dos alunos e não que os alunos se ajustem ao ritmo imposto por uma progressão normativa. Cabe ao professor proporcionar actividades e recursos não uniformizados e adequados às necessidades de cada um, provocando a sua progressão.
A estrutura modular baseia-se em princípios estruturantes que visam o desenvolvimento do aluno:
· pluridimensionalidade;
· diversidade;
· flexibilidade;
· confluência;
· progressão diferenciada dos alunos no plano de estudos;
· creditação de saberes adquiridos;
· avaliação formativa;
· certificação.
Este tipo de currículo define também muito claramente qual é o processo de avaliação a seguir, permitindo que todos os intervenientes no processo educativo saibam que objectivos devem atingir:
· qual é o objecto de avaliação;
· quais os objectivos;
· quais os principais agentes avaliadores;
· que instrumentos e procedimentos vão ser utilizados;
· quem são os destinatários;
· em que momentos é que a avaliação será efectuada e quais as técnicas a utilizar;
· que escalas.
Em oposição a este tipo de estruturação, vigora ainda actualmente no ensino vocacional artístico um currículo nacional implementado há cerca de 30 anos e que define um conjunto de competências que devem ser dominadas e atingidas sem ter em conta os diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos, as realidades sócio-culturais e escolares das quais os alunos são provenientes e estão inseridos, interesses e motivações individuais, etc.
Considerando estas duas realidades com que trabalho, a estruturação modular apresenta imensas possibilidades e vantagens sobre o currículo dito tradicional, uma vez que permite um ensino equitativo e que visa permitir a aquisição de saberes por todos os alunos.
Mestrado em Ciências da Educação
Unidade curricular: Ensino, aprendizagem e avaliação I
Docente: professora Luísa Orvalho
Emília Alves, 28/04/2010
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Alonso, L. (2000). A Construção Social do Currículo: Uma Abordagem Ecológica e Práxica. (pp. 53-68). Texto policopiado.
Domingos, F. (2005). Dos Fundamentos e das Práticas. In DOMINGOS F. (2005). Avaliação das aprendizagens: Desafios às Teorias, Práticas e Políticas. Colecção Educação Hoje (pp. 55-63). Porto: Texto Editores. Ltª.
Orvalho, L., Graça, M., Leite, E., Marçal, C., Silva, A., e Teixeira, A. (1993). A Estrutura Modular nas Escolas Profissionais. 2ª edição. Porto: GETAP. ME.
Roldão, M. C., (2000). O Currículo Escolar: Da uniformidade à contextualização – Campos e Níveis de Decisão Curricular. (pp. 81-89). Texto policopiado.
Silva, T. T. (1998). Teorias do Currículo: Uma introdução crítica. (pp. 9-16). Porto Editora.